Espaço de partilha de acontecimentos e ideias sobre ensino a distância, elearning e comunidades virtuais de aprendizagem.
terça-feira, maio 23, 2006
e-learning - Onde está o formador?
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Em regimes de formação presencial a figura do formador é, de um modo geral, omnipresente e de uma importância indesmentível. Num espaço de formação ele é facilmente identificável e pode desempenhar o seu papel assumindo diferentes posturas e atitudes e utilizar diferentes métodos pedagógicos para fazer aquilo a que se convencionou chamar ensinar.
Quando passamos para regimes de ensino a distância e particularmente em situações de e-learning, a figura do formador como que desaparece aos olhos do utilizador do sistema formativo. De facto, uma das características que define um regime de ensino a distância é precisamente a ausência do formador na maior parte dos momentos em que o estudante processa as suas aprendizagens, contrariamente ao que acontece nos regimes presenciais.
Na verdade, acontece com frequência que os formandos dos regimes de ensino a distância identifiquem a figura do tutor como o substituto do formador. Esta identificação tem alguma razão de ser, pelo menos em termos emocionais. É normalmente o tutor o elemento de contacto entre o aluno e a instituição ensinante, possibilitando a existência de apoio específico, que vai desde a escolha do currículo, a formas de estudar, leituras complementares a realizar, esclarecimento de dúvidas até à ajuda na resolução de problemas administrativos e burocráticos. Também é no tutor que o aluno identifica o professor dado que é com ele que, em termos práticos, interage para a resolução das questões relacionadas com as aprendizagens.
Mas esta identificação não é formalmente correcta.
...
Podem encontrar este artigo, na sua versão integral em
http://joselagarto.no.sapo.pt
O que vos proponho? Nada de especial. Se quiserem discutir esta temática entre nós, avancem...
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5 comentários:
Do you know the expressions:
"sage on the stage"
"guide on the side" and
"slack from the back"?
As actividades típicas do formador do regime presencial, incluem papéis variados, tais como:
1) informador,
2) motivador das aprendizagens,
3) gestor da aprendizagem na sala de aula,
4) guia do percurso para a realização de actividades,
5) organizador de sínteses,
6) autor dos instrumentos de avaliação,
7) promotor de competências de auto-avaliação e
8) avaliador do sucesso das aprendizagens.
Diz o artigo, que se mostra bastante interessante pois valoriza o papel do professor/formador/tutor em tarefas onde lhe são pedidas as suas reais competências, garantindo assim a continuação da profissão (e não a sua extinção como alguns velhos do Restelo, por vezes profetizam!).
Por outro lado julgo que não é importante o nome que insistentemente queremos dar a este “novo docente”, quer seja de “professor”, “formador”, “tutor”, ou de até mesmo “palhaço” (no sentido de animador responsável por ter ideias pedagogicamente divertidas e responsáveis por uma aprendizagem significativa), pois o certo é que este “novo docente” terá, garantidamente de ter as seguintes qualidades:
1) capacidades técnicas para configurar o seu espaço virtual de formação;
2) capacidades pedagógicas especificas para produzir *bons* matérias pedagógicos par este novo espaço virtual de formação;
3) capacidades técnico-pedagogicas para produzir instrumentos de avaliação para os novos alunos desta nova sala de aulas virtual;
4) ter um bom poder de síntese escrita, não dar erros e teclar depressa (pormenor interessante do artigo ),
5) capacidades negociação e de gestão de potenciais conflitos on-line;
Estes “novos docentes” somos todos nós.
Uns já hoje o são, outros serão mais tarde, talvez amanha. Mas no futuro próximo seremos garantidamente todos nós. Profetizo eu!
A grande pergunta é: Mas como é que o ME vai promover a criação destes “novos docentes”?
Como?
Com formação adequada, responderiam a maioria.
Mas a formação, essa, sabemo-la, por relatórios sérios já elaborados sobre o assunto, que não tem sido adequada. Antes pelo contrário, a formação continua dos docentes Portugueses tem sido ineficaz, maçuda e desajustada.
Então surge a, ainda, maior pergunta: “O que alterar para garantir uma formação eficaz?
Era nesta área que gostava aprofundar a minha investigação para a dissertação…
Gostaria de ouvir a sua opinião, Professor.
LP
Olá Luis
Eu tenho definido em alguns textos que o professor deve ter competências em pelo menos 3 áreas diferentes - a da pedagogia, a da comunicação e a da tecnologia.
Agora importa ter em conta que os conteúdos destas áreas devem ser aprofundadas de uma forma integrada e tendo sempre em mente que a Tecnologia é m auxiliar. Foi desa forma que desenhamos o Mestrado em Informática Educacional. Mas na formação, os formadores têm muita responsabilidade. Não basta dar as ferramentas... é preciso levar a que os nossos formandos interiorizem que, para além de aprender, devem ser capazes de passar essas aprendizagens para a sua própria prática docente, independentemente das dificuldades contextuais relacionadas com as nossas escolas.
E essa passagem do conhecimento à demosntração da competência é o passo mais dificil.
JL
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